Pedreira do Dib em Mairiporã

A pedreira do DIB, desativada desde 1973, fica numa área particular aberta para visitação sem custo. O acesso é fácil, realizado pela rodovia Fernão Dias, e de carro é possível chegar a poucos metros tanto na parte de cima como na parte de baixo da pedreira, próximo ao lago.
De qualquer ângulo o lugar é cenário para os amantes de fotografia profissional ou amadores, tem para todo gosto, sem falar, é claro, de um pôr do sol incrível!
Para os amantes de adrenalina, a Pedreira dispõe de paredões onde é possível a prática do rapel 35, 75 e 108 metros, esse para os mais corajosos.

Evento

E foi neste cenário que aconteceu nossa quinta saída para mais um evento outdoor com PcD. Este dia foi realmente marcante, pois além de cadeirantes, também participaram da ação pessoas com mobilidade reduzida, deficientes visuais, deficientes intelectuais e autistas. Contamos com o apoio de duas equipes de rapel: Aslan e STI Inclusão, ambas com experiência em rapel adaptado, transmitindo confiança e garantindo a segurança de todos durante o evento. Além da nossa equipe de voluntários IR: Alexandre, Baruc, Gabriela, Jeferson, Juliana, Luh Montanha, Rebla e Ronaldo.

Alguns participantes do evento do dia 07/11/2020 na Pedreira do DIB.

Participação da Marlene

A primeira a descer foi a Marlene, deficiente visual, que possui um canal no Youtube, onde esbanja simpatia e mostra que com determinação vai aonde quiser, além das suas tarefas diárias. O João, também deficiente visual, também aproveitou sua descida.

Também estreando no rapel, tivemos os cadeirantes: Alê, Maria do Carmo e Gilvan. Os “rapeleiros” de primeira viagem relataram que ficará marcado para sempre na memória. Os cadeirantes Yago e Ronaldo (integrante da nossa equipe IR), também desceram e apesar de não ser a primeira vez deles, foi diversão sem igual!!!

Cadeira adaptada

A descida de todos os cadeirantes foi na própria cadeira de rodas e para retornar ao nosso “QG” utilizamos nossa cadeira adaptada.

Contamos também com a presença da Marcela e do Rodolfo, que também desceram pelo paredão de 35 metros e relataram: “Deu medo, mas a sensação é indescritível”.

E não parou por aí, quem roubou a cena foi a nossa miss simpatia Nicole, que não demonstrou medo em momento algum e ao retornar ao “QG”, a pergunta foi: “pode ir de novo?” Ela estava acompanhada da mãe, dos avós e dos amiguinhos Bruninho e Guilherme, que deram um show de fofura no nosso esquenta e curtiram muito a descida. Que galerinha animada!

Tivemos também nosso amigo Lucas, que possui autismo, que desceu de mãos dadas com seu pai Jones. Conexão é isso!

A cada saída, somamos mais e mais sorrisos! Cada vez que finalizamos um evento ficamos cansados, exaustos, mas com o coração que não cabe no peito. Temos a certeza de que as limitações existem, não para nos deter, mas para nos motivar a ir adiante. Aprender a superar e mostrar que todos podem e merecem IR

escrito por

Ju Pereira

CONTADORA, CAMPISTA, TRILHEIRA, APAIXONADA PELA NATUREZA, DESBRAVADORA DE NOVOS CAMINHOS E ESPORTES RADICAIS, ACREDITA QUE PODEMOS MUDAR O MUNDO ATRAVÉS DO VOLUNTARIADO.